A Política Nacional de Humanização da gestão e da atenção em saúde (HumanizaSUS) incentiva a implantação de Colegiados Gestores nos serviços de saúde como dispositivo de humanização, sendo um espaço coletivo e democrático, com função deliberativa, para ampliar o grau de comunicação entre equipe, gestores e usuários e assim aumentar a qualidade dos serviços de saúde, fundamentando-se nos princípios que norteiam o Sistema Único de Saúde – SUS: de universalidade, equidade, integralidade e resolutividade.
O Colegiado Gestor constitui-se como espaço coletivo de negociação e definição de prioridades; de definição dos investimentos; é o local para elaborar o projeto de ação do setor, organizar os procedimentos operacionais; intervir em seu processo de trabalho; sugerir e elaborar propostas; criar estratégias para o envolvimento de todos os membros e equipes do serviço, acolher e encaminhar as demandas de alta complexidade dos usuários; criar indicadores e monitorá-los, administrar imprevistos, prestar contas aos conselhos e superintendência.
O Colegiado Gestor é composto por um grupo de profissionais que representam todas as categorias/equipes que compõe a Unidade de Saúde, escolhidos por seus pares que, juntamente com o Gerente da unidade, se reúnem com periodicidade pré-determinada, com pauta preparada antecipadamente ou extraordinária quando se fizer necessário. Com o objetivo de discutir e deliberar sobre os problemas relativos à unidade, sob sua governabilidade, para exercer o gerenciamento participativo e democrático, a pactuação e responsabilização pelas decisões tomadas.
Dessa forma, no dia 25 de abril a gerente da Clínica da Família Rinaldo De Lamare Thays Conti, reuniu-se com os membros do Colegiado Gestor no auditório da Estação Otics Rio Rocinha para a reunião do Colegiado Gestor. A criação do colegiado gestor está sendo utilizada em vários setores, públicos e privados, como ferramenta de gestão, visando facilitar e equacionar problemas e dificuldades de implementação de mudanças. A gestão colegiada propicia a construção de um ambiente organizacional que incentiva os funcionários a agirem tecnicamente como facilitadores na criação de alternativas de ações inovadoras, visando a melhoria na qualidade do serviço prestado. Além disso, pode melhorar o atendimento às demandas e necessidades internas e externas do serviço.
A criação de colegiado vem sendo adotada como diretriz por ser um dispositivo potente de democratização, propiciando a construção coletiva e objetivando a estruturação de uma assistência de qualidade, equânime e integral, baseada nos princípios do SUS.
A escolha dos integrantes pode se dar por indicação/eleição dentro de cada seguimento que compõe a equipe da unidade. Embora seja necessária a representação de todas as categorias profissionais, pode-se ressaltar que é importante que todas as Equipes de Saúde da Família devem estar representadas, assim como os demais técnicos e funcionários não vinculados a uma equipe específica da unidade. A composição do colegiado pode, também, ser discutida com o conjunto de trabalhadores para que de acordo com perfil da unidade, seja garantida a representatividade de todos os seguimentos.