10 de novembro de 2025 – OTICS-Rio Rocinha

Na manhã do dia 10 de novembro de 2025, o Laboratório de Informática da OTICS Rio Rocinha recebeu os estudantes de Medicina da Universidade Veiga de Almeida (UVA) para uma aula prática conduzida pela enfermeira preceptora Luísa Neves. A atividade teve como foco o Painel da Gestante, ferramenta da plataforma SUBPAV, utilizada pela Atenção Primária à Saúde (APS) para o monitoramento e acompanhamento de gestantes atendidas na rede pública.Durante o encontro, os alunos puderam explorar o funcionamento da plataforma, compreendendo como o Painel da Gestante contribui para a organização das ações de cuidado e para o planejamento das equipes de Saúde da Família (eSF). O sistema permite acompanhar, em tempo real, indicadores essenciais como o número de gestantes cadastradas, início precoce do pré-natal, número de consultas realizadas, exames laboratoriais, vacinação e evolução das gestantes até o parto.Dessa forma, a importância do uso dessa ferramenta no contexto da Atenção Primária à Saúde (APS), ressalta que o painel fortalece a vigilância em saúde e o trabalho multiprofissional. O monitoramento sistemático das gestantes permite identificar precocemente riscos e vulnerabilidades, garantindo uma assistência mais integral e humanizada.Além de promover o acompanhamento clínico, o Painel da Gestante representa um avanço no uso de tecnologia e informação em saúde pública, contribuindo para a modernização do Sistema Único de Saúde (SUS). Essa política pública reforça a importância da gestão baseada em dados, ampliando a capacidade de resposta das equipes e assegurando maior qualidade no cuidado materno-infantil.Contudo, a atividade proporcionou aos futuros profissionais de saúde uma vivência prática sobre como a integração entre tecnologia, gestão e cuidado é fundamental para a efetividade das políticas de saúde e para o fortalecimento da Atenção Primária à Saúde (APS).

Saiba mais na unidade de saúde mais próxima.

Fonte: Atenção Primária a Saúde Ciclos de Vida Guia Rápido Pré-Natal

Na tarde do dia 7 de novembro de 2025, o Auditório da OTICS – Rio Rocinha recebeu mais uma aula do Curso Formação de Promotores Populares de Saúde Antirracista, promovido pela Fiocruz em parceria com o Movimento Negro Unificado (MNU – RJ). O encontro teve como tema central a Saúde do Homem Negro e reuniu profissionais, estudantes e representantes de movimentos sociais para uma rica discussão sobre os determinantes sociais da saúde, o racismo estrutural, a saúde mental e o acesso da população negra aos serviços públicos de saúde.Dessa forma, dados históricos e sociais revelam que o homem negro é um dos grupos mais afetados por mortalidade precoce, violência urbana, hipertensão arterial, diabetes mellitus, tuberculose e infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Além disso, estudos apontam que os homens negros buscam menos os serviços de saúde, por jornadas extenuantes de trabalho e pela falta de políticas públicas específicas voltadas a essa população.Diante disso, a abordagem antirracista dentro da formação de promotores populares de saúde busca justamente romper com o silêncio histórico sobre essas desigualdades e estimular a criação de estratégias de cuidado mais inclusivas e humanizadas. Na Atenção Primária à Saúde (APS), reconhecer e enfrentar o impacto do racismo nas condições de vida e saúde é essencial para o desenvolvimento de ações que considerem as singularidades culturais, territoriais e sociais dos homens negros.Contudo, o encontro reforçou que olhar para a saúde do homem negro é também fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS) em sua essência de equidade e justiça social. A construção de uma saúde pública verdadeiramente universal passa pelo reconhecimento das desigualdades raciais e pela promoção de práticas que valorizem a vida e a dignidade da população negra em todas as suas dimensões.O Curso Formação de Promotores Populares de Saúde Antirracista segue contribuindo para a formação de agentes comprometidos com a transformação social e a luta contra o racismo na saúde, fortalecendo a atuação comunitária e o papel do Sistema Único de Saúde (SUS) como instrumento de cidadania e emancipação.