O curso de Formação de Promotores Populares de Saúde Antirracista, promovido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em articulação com o Movimento Negro Unificado do Rio de Janeiro (MNU-RJ), representa um marco importante na consolidação de saberes populares, científicos e políticos voltados à superação das desigualdades históricas que marcam a sociedade brasileira. Nesse contexto, na tarde do dia 27 de junho no auditório da OTICS – Rio Rocinha, aconteceu mais uma aula do curso de Formação de Promotores de Saúde Antirracista. Os temas abordados sobre igualdade de gênero, combate à transfobia e justiça racial, ministrado pela mobilizadora social Grécia Valente e a assistente social Suely Rodrigues com narrativas que se entrelaçam nas lutas por equidade no campo da saúde pública.Sendo assim, a plena igualdade de gênero ainda não foi alcançada devido à interseção entre sexismo e racismo, que impacta de forma mais intensa as mulheres negras, refletindo-se na sobrecarga de trabalho, exclusão dos espaços de poder e desigualdade salarial. No campo da saúde, essa desigualdade se manifesta na alta taxa de mortalidade materna.
Contudo, a garantia de direitos para pessoas trans é igualmente essencial, especialmente diante da violência, da exclusão social e da falta de acolhimento adequado no sistema de saúde. Para promover a equidade, é fundamental integrar a justiça racial às demais lutas sociais, por meio de políticas reparatórias, distribuição equitativa de recursos, formação antirracista de profissionais e fortalecimento dos movimentos negros.
Portanto, promover saúde é também promover dignidade, justiça e vida plena para todos os corpos, em sua diversidade. O compromisso com a igualdade de gênero, o combate à transfobia e a luta por justiça racial são, portanto, inseparáveis da construção de um Sistema Única de Saúde (SUS) verdadeiramente universal, equitativo e antirracista.
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