Curso Formação de Promotores Populares de Saúde Antirracista, promovido pela Fiocruz e o Movimento Negro Unificado (MNU) – RJ – CF Rinaldo De Lamare

Na tarde do dia 24 de outubro de 2025, o auditório da OTICS — Rio Rocinha recebeu mais uma etapa do Curso Formação de Promotores Populares de Saúde Antirracista, promovido pela Fiocruz em parceria com o Movimento Negro Unificado (MNU) — RJ. O encontro teve como tema central Racismo Obstétrico e Saúde da Mulher Negra e reuniu moradores, agentes comunitários e profissionais interessados em fortalecer ações coletivas de enfrentamento ao racismo no campo da saúde.Diante disso, a palestra foi ministrada pela enfermeira Zuleide Aguiar, coordenadora de Enfermagem da Maternidade da Rocinha, que trouxe relatos práticos da assistência, exemplos de cuidado humanizado e passos concretos para identificar e reduzir práticas discriminatórias durante o pré-natal, parto e pós-parto. Reforçou a conexão entre formação técnica e sensibilidade cultural no atendimento às gestantes negras.Dessa forma, profissionais e participantes reforçaram no debate como espaços formativos como o curso realizado são estratégicos para visibilizar práticas abusivas, capacitar promotores comunitários e criar canais de denúncia e acolhimento. No âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), o enfrentamento do racismo obstétrico exige medidas integradas: formação continuada de equipes, protocolos para atenção humanizada ao parto, coleta e monitoramento de dados desagregados por raça/etnia e mecanismos de responsabilização quando há violação de direitos. Políticas públicas antirracistas na saúde também dependem de financiamento, articulação entre gestão e sociedade civil e da participação ativa das comunidades afetadas.Contudo, promover a saúde antirracista passa por educar, escutar, empoderar e construir redes de apoio que transformem relatos em políticas e rotinas de cuidado. A formação de promotores populares é, portanto, uma ferramenta de base para ampliar a vigilância social sobre a qualidade da assistência, pressionar por mudanças institucionais no SUS e garantir que a maternidade seja um momento de acolhimento e respeito para todas as mulheres.

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Fonte: Curso Forma Promotores Populares de Saúde Antirracista Em Cinco Favelas Do Rio