Curso Formação de Promotores Populares de Saúde Antirracista Pela Fiocruz – Movimento Negro Unificado (MNU – RJ)

A desigualdade racial no Brasil atravessa diversas esferas da sociedade, sendo um dos mais impactantes o acesso à saúde. Nesse cenário, o curso de Formação de Promotores Populares de Saúde Antirracista, fruto de uma parceria entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Movimento Negro Unificado (MNU), emerge como uma resposta estratégica e pedagógica para combater essa realidade. Na tarde dia 15 de agosto de 2025, no auditório da OTICS – Rio Rocinha, foi realizado mais um encontro do curso, onde foram discutidos temas essenciais como a justiça racial, o racismo cotidiano nas favelas e as políticas públicas voltadas para a saúde da população negra.Sendo assim, a metodologia adotada no curso é centrada na educação popular, com ênfase na construção coletiva do conhecimento. A abordagem pedagógica utilizada é fundamentada em práticas dialógicas, onde as experiências locais dos participantes são valorizadas e integradas ao conteúdo teórico. Além disso, o curso propõe a utilização de materiais didáticos específicos, como a cartilha “Saúde na Favela numa Perspectiva Antirracista”, que visa ser uma ferramenta de disseminação e aplicação dos conceitos abordados.Nesse sentindo, a implementação do curso busca promover uma transformação social nas comunidades atendidas, ao fortalecer a autonomia comunitária no processo de cuidado à saúde. O curso visa também desconstruir estigmas e preconceitos raciais que impactam a saúde das populações negras, oferecendo uma formação que valorize suas especificidades e promova a saúde de forma integral.O curso de Formação de Promotores Populares de Saúde Antirracista, promovido pela Fiocruz e pelo Movimento Negro Unificado (MNU-RJ), é um exemplo emblemático de como a educação pode ser um instrumento de transformação social. Ao treinar membros das comunidades periféricas a atuarem como promotores populares de saúde, com uma abordagem que respeita e valoriza a identidade negra, o curso contribui para a construção de um modelo de saúde mais justo e equânime. Além disso, a iniciativa fortalece as lutas antirracistas, colocando as comunidades negras no centro das políticas públicas de saúde, e promovendo, assim, a autonomia e a sustentabilidade no cuidado da saúde em territórios historicamente desfavorecido.

 

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Fontes:

Agencia Fiocruz

Gov.br