A atividade de reconhecimento do território adscrito à Clínica da Família Rinaldo de Lamare constitui uma etapa essencial na formação do acadêmico de medicina, especialmente no contexto da Atenção Primária à Saúde (APS). Nesse contexto, na manhã do dia 26 de agosto de 2025, os acadêmicos da Universidade Veiga de Almeida (UVA) participaram de uma ação que visa promover uma compreensão ampliada dos determinantes sociais e econômicos que influenciam o processo saúde-doença no âmbito local, além de proporcionar subsídios para a atuação clínica e comunitária centrada nas reais necessidades da população, a ação foi conduzida pela enfermeira preceptora Ana Carolina.
Dessa forma, a Clínica da Família Rinaldo de Lamare está localizada na região de São Conrado, situada na Zona Sul do Rio de Janeiro, mas sua área de abrangência incluí a parte baixa da Rocinha. Este território possui características socioeconômicas, culturais e ambientais próprias, que impactam diretamente nos indicadores de saúde da população. O reconhecimento do território permitirá ao acadêmico de medicina observar as condições de moradia, saneamento, acesso a serviços públicos, além da dinâmica comunitária, aspectos fundamentais para a construção de um cuidado centrado nas necessidades reais da população.
Sendo assim, a caracterização do perfil da população atendida permite analisar indicadores demográficos, epidemiológicos e sociais, como faixa etária, composição familiar, escolaridade, agravos à saúde, nutrição, vacinação, morbidades crônicas e acesso aos serviços. Esses dados subsidiam o planejamento de ações em saúde com base na equidade, integralidade e participação social. Além disso, o contato com a realidade local contribui para a formação ética, crítica e humanizada do estudante, fortalecendo sua atuação interdisciplinar alinhada aos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS).
Portanto, o reconhecimento do território e a análise do perfil da população atendida configuram-se como pilares fundamentais na consolidação de práticas em saúde que considerem a complexidade e a singularidade dos sujeitos e coletividades, contribuindo para a formação de médicos mais sensíveis, comprometidos e tecnicamente preparados para o cuidado em saúde no contexto da Atenção Primária à Saúde (APS).
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A oficina foi conduzida por Eduardo Queirolo, responsável pelo georreferenciamento da Divisão de Informação, Controle e Avaliação (DICA), vinculada à Coordenadoria Geral de Atenção Primária da Área Programática 2.1 (CAP 2.1). Utilizando o software Google Earth Pro, os participantes puderam revisar e redefinir as microáreas que compõem a cobertura das equipes de Saúde da Família (eSF) da CF Rinaldo De Lamare, com base em dados populacionais e experiências territoriais dos profissionais que atuam diretamente no território.
Dessa forma, a oficina teve como objetivo fortalecer o planejamento das ações de saúde, garantindo uma maior integração entre as equipes de Saúde da Família (eSF) e a comunidade. A territorialização é uma ferramenta essencial para o aprimoramento da Atenção Primária à Saúde (APS), pois possibilita compreender melhor as necessidades locais, identificar áreas prioritárias e organizar a oferta de serviços de forma mais eficiente.
Contudo, a oficina de territorialização também promove trocas de experiências entre os profissionais e reforça a importância do trabalho coletivo e intersetorial na construção de estratégias voltadas para a promoção da saúde e qualidade de vida da população.
Portanto, a Oficina de Territorialização é fundamental para que as equipes possam fortalecer os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), como a universalidade, integralidade e equidade, além de aproximar os serviços da realidade vivida pelos moradores das comunidades. Com a manutenção do conhecimento territorial, as equipes de Saúde da Família (eSF) podem construir linhas de cuidado mais adequadas à realidade local, contribuindo para a redução das iniquidades em saúde.









