A População em Situação de Rua é um grupo social que vivencia distintas situações de múltiplas vulnerabilidades, processos de marginalização e preconceitos. Seu aumento é uma realidade em todo o território brasileiro, mas principalmente nas grandes metrópoles. Embora não se possa correlacionar a vida na rua e o uso de drogas, tem-se observado que muitas pessoas acabam fazendo uso do álcool e outras drogas como estratégia de enfrentamento para suportar a vida nas ruas.
Trata-se de uma população marcada por processos de exclusão social e que convive com experiências de desrespeito e ausência de reconhecimento social no seu cotidiano. O estigma transcorre ao acesso aos bens públicos, e alguns serviços de saúde se recusam a oferecer atendimento pela ausência de documentação ou domicílio cadastrado. Logo, entende-se o estigma como uma construção social que representa uma marca no indivíduo, delegando a pessoa um status desvalorizado em relação aos demais membros da sociedade.
A Política Nacional para a População em Situação de Rua propõe a superação do estigma do “morador de rua” ao considerar a “população em situação de rua’ como um grupo populacional heterogêneo que se encontra abaixo da linha da pobreza, com seus vínculos familiares rompidos ou fragilizados e não possuindo moradia regular, utilizando logradouros públicos e áreas degradadas para morar e viver ou fazendo uso das unidades de acolhimento para pernoite, de modo permanente ou temporário.
Neste sentido, operacionalizando as estratégias de mitigação dessa mazela social, as psicólogas da Divsão de Ações e Programas em Saúde (DAPS) da Coordenadoria de Atenção Primária (CAP) da AP-2.1, Roberta Dutra e Jane Cruz, em parceria com a psicóloga Sheila Lima e a assistente social Alexsandra Torres, do Núcleo Ampliado de Saúde da Família (NASF), utilizaram o auditório da OTICS-Rio Rocinha para promover uma capacitação de acolhimento aos usuários nessa situação aos Agentes Comunitários de Saúde (ACS’s) das unidades de saúde próximas.