O laboratório de informática da OTICS-Rio Rocinha vem sendo utilizado pelo mediador Matheus de Souza com o objetivo de apresentar e ensinar o manejo da ferramenta prontuário eletrônico VITACare aos Agentes Comunitários de Saúde (ACS), recém-chegados à Clínica da Família Rinaldo de Lamare.
O VITACare é um software que auxilia o planejamento do processo de trabalho das equipes de saúde, além de garantir a integralidade da assistência, pois possibilita que as informações dos usuários sejam registradas e consultadas em qualquer unidade de saúde do município do Rio de Janeiro, o que aumenta a qualidade do serviço prestado.
Ademais, o uso desses registros geram dados que após análise se transformam em indicadores de saúde, instrumento de gerenciamento utilizado para monitorar informações relevantes sobre determinados atributos e dimensões do estado de saúde, bem como do desempenho do sistema de saúde.
Dessa forma, a capacitação almejou a familiarização dos novos colaboradores (ACS) com o sistema de informação, para atuação nas novas microáreas redesenhadas durante as Oficinas de Territorialização para a construção do Caderno de Estatísticas e Mapas da Atenção Primária do município do Rio de Janeiro (CEMAPS) da Área Programática 2.1.
Na Estratégia da Saúde da Família (ESF), destaca-se a importância do papel do Agente Comunitário de Saúde (ACS) como uma ponte para integração de saberes entre o território e a atuação da equipe técnica. Assim, é parte do processo de trabalho dos ACSs o registro de suas atividades com auxílio das lentes de seus conhecimentos territoriais para a realização de uma análise social mais aprofundada da área adscrita à Clínica da Família (CF).
Sendo assim, o planejamento em Saúde coloca-se como estratégia central para consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS). A partir da perspectiva da Atenção Primária, a proposta de territorialização abrange o conceito ampliado de saúde-doença. Neste sentido, ao conceber a Saúde como o bem-estar em seus aspectos físicos, psicológicos e sociais, a saúde pública recorre também à territorialização como ferramenta para identificação de condicionantes e determinantes de eventos saúde-doença, melhorar o acesso à saúde e auxilia na demarcação das áreas de atuação dos ACS.